sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Fazer pão [planos para o fim de semana]

Tenho uma forte admiração por quem faz o seu próprio pão. Imagino o contentamento e o coração cheio quando se sente o aroma quente do nosso pão acabado de fazer. Delicio-me sempre com as histórias da minha avó do tempo em que amassava. Nunca me canso de a ouvir repetir vezes e vezes, todo o ritual, que o passar dos anos não apagou da sua memória, toda a técnica daquelas mãos, hoje tão velhinhas, aprendida no passar de geração em geração. Essa herança não chegou até mim.
Confesso que nunca me aventurei em tal arte. Para mim, fazer pão era (e é) algo sério, que só as mãos experientes e calejadas da vida dominavam, assim como certos cozinhados só resultam nos tachos e panelas das nossas mães e avós.
 
 
 
 
 
Hoje sinto a necessidade de colocar as mãos na massa, no sentido literal da expressão.
Fazer o próprio pão é mais saudável, mais saboroso e mais económico. Gosto dele escuro, crocante de preferência com sementes e frutos secos.
Portanto tenho planos para o fim de semana.
Ando a namorar esta receita e este blog e já escolhi a banda sonora.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Salada de cuscuz

Ainda sobre as refeições práticas e simples, hoje falo de cuscuz (ou couscous, na cozinha europeia). Lembro-me nitidamente da primeira vez que provei este cereal. Já lá vão alguns anos.  Meados de Setembro, estávamos de fim de semana nos arredores de Abrantes, numa localidade de nome Jampestres. A mesa era corrida, a toalha colorida, e o ambiente alegre. Estavam presentes avós, tios, netas e amigos. Uma agradável refeição, numa casa acolhedora de ambiente e de gente. Naquela noite fomos da família.
Cuscuz não se trata de um cereal integral, e portanto à luz da macrobiótica deve ser consumido ocasionalmente. Feito a partir da farinha de trigo é um prato árabe oriundo do Norte de África. O seu consumo é mais indicado para o tempo quente. Muito fácil de digerir e também de cozinhar. Portanto perfeito para aqueles dias que andamos em "contra relógio".
Eu recorro a este cereal muitas vezes, em salada ou como acompanhamento.
Esta receita está prometida à M. desde o ABC -  A Bloggers Conference.
O prometido é devido.


Créditos


Salada de cuscuz [como eu gosto de fazer]:

  • 1 caneca de cuscuz
  • 1 caneca de água
  • 1 pitada de sal
  • 1 cebola pequena
  • 1 fatia de abóbora hokaido
  • Cogumelos marron ou paris
  • Beterraba pequena cozida
  • Algumas folhas de alface e agrião
  • Oregãos ou coentros
  • 1 mão cheia de sultanas
  • sementes de girassol
 
Ferver a água e juntar sal. Cortar os legumes em cubinhos pequenos.
Refogar a cebola picada, abóbora, (ou cenoura) e cogumelos (ou outros legumes a gosto). Juntar o cuscuz e de seguida a mesma porção de água a ferver ( já com sal). Desligar o lume e tapar. Lavar umas folhas de alface, agrião e cortar uns cubinhos de beterraba cozida. Depois de seco, mexer o cuscuz com uns pauzinhos para ficar solto. Juntar a alface e os restantes legumes crus.  Acrescentar passas e algumas sementes a gosto. 
Gosto de temperar com molho vinagrete. 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

As tardes que mais gosto [Crumble de maçã e pêra]

Sobre a tarde de ontem. Gosto das tardes assim, descontraídas e despretensiosas, saboreadas  no aconchego desta casa, que a cada dia que passa, sente-se cada vez mais nossa. O dia começou mais tarde, sem pressas. Houve tempo para ir ver o mar, beber um café bem quente e reconfortante, na esplanada da praia, enquanto o vento frio se sentia no rosto. Caminhar no pinhal,  trazer uma cesta cheia de pinhas para casa. Gosto mesmo destas tardes assim. Por instantes somos donos e senhores do nosso tempo, e sentimos que temos todo o tempo do mundo. Chegar a casa. Acender a lareira. Regressar à cozinha. Apetecia-me mesmo crumble. Nos tempos do restaurante macrobiótico, fiz tanto crumble, que durante alguns anos deixei a receita esquecida algures na minha memória, até ao dia de ontem.

Não existe uma só receita de crumble. Ontem não segui nenhuma em particular. Deixei-me levar lentamente pelos passos da minha receita que a memória deliciosamente me devolveu.




créditos imagens

Crumble de maçã e pêra:

  • 1 taça (de sopa) cheia de flocos (faço uma mistura de flocos de aveia, espelta, arroz, centeio o que tiver em casa)
  • 2 colheres de sopa de sementes de girassol (ou abóbora, podem usar outras sementes que gostem)
  • 1 mão cheia de sultanas
  • 1 mão cheia de amêndoas (avelãs e nozes se preferirem)
  • 2 pêras
  • 2 maçãs
  • 4 colheres de sopa de geleia de arroz (ou espelta)
  • 4 a 5 colheres de sopa de óleo de sésamo
  • canela em pó q.b.

Pré aquecer o forno a 180º C. Cortar as maçãs e as pêras em fatias finas. Deixar repousar numa taça com água e umas gotas de sumo de limão para não oxidarem. Reservar.
Juntar todos os ingredientes secos (os flocos, as sementes os frutos secos) numa taça. polvilhar com canela e envolver. Juntar o óleo de sésamo e a geleia ao preparado. Envolver novamente até que a mistura não esteja seca. Dispor as fatias de maçã e pêra num tabuleiro de ir ao forno. Polvilhar com canela e um fio de geleia de arroz (se gostar do crumble mais doce). Deitar o preparado dos flocos por cima da fruta já disposta no tabuleiro. Espalhar uniformemente e calcar com as mãos, para que os flocos adiram à fruta. Levar ao forno cerca de 20  a 25 minutos.

Podem servir com compota de fruta, creme de baunilha, polvilhado com canela.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

As coisas simples da vida

É nas coisas simples da vida que muitas vezes encontro ar para respirar quando a rotina me sufoca.
Um livro que nos faz sonhar, um passeio de bicicleta junto ao mar, uma refeição ao ar livre com aqueles que gostamos mais.
 
Hoje e sempre esta música e esta voz.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Hummus de grão de bico

Por vezes a vida pede-nos para simplificar. Relativizar. Nem tudo tem de ser perfeito, nem nada que se pareça. A vida é o que é. E cabe-nos a nós decidir como a queremos viver. E por vezes a simplicidade é a escolha mais inteligente de se fazer.
Digo isto porque no que diz respeito a pessoas complicadas, eu assumo inteiramente a minha faceta de “pessoa complicada”.
Descomplicar, simplificar, relativizar são todos verbos aos quais eu me propus a exercitar. So far, so good. E porque na cozinha, com as rotinas exigentes e o tempo cronometrado, também é preciso descomplicar, as receitas têm sido simples, práticas e naturalmente com muito sabor.
Esta é uma receita a que tenho recorrido, nestes dias curtos de tempo e de paciência. Muito saborosa e nutritiva. Por outro lado é simples e versátil. Podem servir como acompanhamento, como entrada num jantar para amigos ou como snack (barrado no pão fica uma delícia).
 
 
 




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Húmmus de grão-de-bico: (como eu gosto de fazer)

  • 500g de grão-de-bico cozido (+ ½ chav. da água da cozedura)
  • 1 cebola picada
  • 1 colher de chá de tahin (pasta de sésamo)
  • 1 fio de azeite
  • 2 colh. de sopa de shoyu
  • Coentros

 Juntar todos os ingredientes num recipiente e reduzir a puré. Rectificar os temperos se necessário.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Ainda sobre sopas [sopa de lentilhas]

A semana das sopas continua. É deliciosamente reconfortante chegar a casa, numa noite fria e chuvosa, e ter á nossa espera uma bela tigela de sopa quente, daquelas que aquecem o corpo e a alma, e nos transportam para outro lugar. Para acompanhar húmus de grão com palitos de cenoura e pão de espelta e azeitonas. Sabe a lar, doce lar. A sopa do dia (de ontem) foi, uma das minhas preferidas:
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 Sopa de lentilhas:

  • 2 cenouras
  • 1 cebola
  • ½ alho francês
  • ¼ nabo
  • ½ caneca de lentilhas (laranja)
  • 3 canecas de água (ou caldo de legumes)
  • Massinhas a gosto
  • Azeite
  • Sal q.b.
  • Cebolinho

Colocar todos os legumes cortados numa panela de sopa e refogar no azeite cerca de 2/3 minutos. Adicionar as lentilhas. Juntar o caldo de legumes, deixar ferver e baixar o lume. Deixar cozinhar cerca de 20 a 25 minutos em lume brando. Ir mexendo para as lentilhas não pegarem ao fundo da panela e adicionar mais água se necessário.
Reduzir a puré. Adicionar sal a gosto. Juntar as massinhas e deixar em lume brando cerca de 5 minutos (até cozer as massas). Guarnecer com cebolinho picado.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Segunda-feira e a Sopa de espargos

Segunda-feira. Inicia-se uma nova semana e retomam-se as rotinas: acordar  ainda de noite, (muito) mais cedo do que nos últimos dois dias, planear as refeições para toda a semana, fazer a lista de compras e “coisas por fazer” para optimizar tempo e reduzir stress e estados de ansiedade desnecessários.
Este foi um exercício que me “obriguei” a adoptar, agora ainda mais à risca desde que mudámos para a nova casa. Planear. Requer da minha parte alguma disciplina e foco, porque dispersar é uma das minhas especialidades.
Esta semana vou apostar nas sopas, consistentes. Daquelas que são autênticas refeições.
Na minha lista estão: sopa de lentilhas (laranja), de feijão azuki, minestroni e uma sopa de espargos que experimentei pela primeira vez na semana passada.
 
 
 
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É esta que partilho, a pedido da querida Susana.
 
(a minha) Sopa de espargos:
 
  • 300g de espargos cozidos
  • 1 alho francês
  • 1 cebola média
  • 2 cenouras
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 2 chav.  caldo de legumes
  • Sal q.b.
  • Natas de aveia para decorar
Refogar a cebola e o alho francês no azeite cerca de 2/3 minutos. Juntar a cenoura (eu gosto de juntar também um pouco de nabo, para dar mais consistência à sopa). Adicionar o caldo de legumes* adicionar uma pitada de sal (a gosto). Deixar ferver. Baixar o lume e deixar cozinhar cerca de 20 minutos ou até os legumes estarem cozidos. Juntar os espargos e reservar alguns para decorar o prato. Deixar cozinhar mais 5 minutos. Reduzir a puré. Rectificar os temperos. E decorar com um fio de natas de aveia e espargos.
 
 
*experimentem fazer o vosso próprio caldo de legumes, fervendo alguns legumes como cenoura, cebola, abóbora, alho francês, nabo.
podem guardar no frigorífico durante 3 dias e os legumes usem na sopa.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Depois da tempestade [a bonança]

Mudámos de casa. Mudámos para mais longe dos trabalhos, da cidade, da família e dos amigos. Mudámos para mais perto do campo, do mar e do silêncio.
Ontem, depois do jantar, a noite estava serena e o céu limpo. Abri a porta de casa e vim até ao alpendre.
“Leonor olha a lua!” – chamei eu pela pequenita, que muito rapidamente veio contemplar aquela luz que iluminava a noite. As crianças têm esta capacidade ingénua e curiosa de olharem as coisas como se nunca as tivessem visto. E ficámos por ali um pouco, as duas abraçadas, olhando para a lua como se a víssemos pela primeira vez.
Afinal, depois da tempestade vem sempre a bonança.
Nestes momentos não tenho a menor dúvida que tomámos a decisão certa.
 
 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Mousse de chocolate e avelãs [para aqueles dias]

Aqueles dias. Em que estamos constantemente à procura de algo que nos preencha. Aqueles ou estes dias, cinzentos, em que a tempestade escureceu o céu, o vento se fez ouvir e o Inverno assumiu que chegou para ficar. Nestes dias o meu pensamento vai sempre dar ao mesmo lugar, ao mesmo momento, eternizado algures nas minhas memórias de infância: as tardes frias de chuva em casa da mamã G. (a minha ama) e uma caneca fumegante de chocolate quente. Estes momentos estão tão presentes, tão vivos dentro de mim, que até consigo sentir o fumo adocicado que sai da caneca de esmalte. Conforto, segurança, amor... São estes os sentimentos que me chegam, quando reavivo esta memória em mim.
 
Chocolate é sempre reconfortante. Precisava desse conforto amigo. Encontrei uma receita da maravilhosa Belle Gibson, adaptei e depois de umas experiências saiu e soube mesmo bem.

Ideal para aqueles dias.

Receita original e imagem aqui

Mousse de chocolate e avelãs

Ingredientes:
  • 2 bananas maduras
  • 1 abacate maduro
  • 1/2 chav. cacau em pó
  • 1 colher chá canela
  • 3 a 4 colheres de sopa de geleia de espelta (ou arroz)
  • 1/2 chav. bebida de soja (ou outra vegetal).
  • 1 mão cheia de avelãs + algumas para decorar

Preparação:
  • Juntar todos os ingredientes no liquidificador, e misturar até ficar com textura de mousse
  • Adicionar avelãs a gosto.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ainda sobre o tempeh [a receita]

Decidi aderir ao movimento Meatless Monday, (2ªs sem carne) aqui no blog, por estas razões e mais algumas. Já seguia o movimento nas diversas redes sociais, e como por morna, não consumo nem cozinho carne, este é o momento para ajudar a divulgar o movimento.
Foi uma escolha pessoal, um caminho que optei por seguir e que se relaciona com os valores que me são importantes, e que no meu ponto de vista fazem todo o sentido.
 
Por isso todas as segundas-feiras podem contar com uma receita/sugestão "sem carne" aqui no blog, de forma a participarmos neste movimento, que eu espero que alcance muitos, mas muitos mesmo, seguidores.
 
Boa segunda-feira!
 
[Tempeh estufado com abóbora]
 
Ingredientes:
 
  • 250g de tempeh
  • 3 fatias de abóbora hokaido
  • 2 cenouras
  • 1 cebola média
  • 1 chav. água
  • 1 colher chá vinagre ameixa
  • 1 colher sopa de farinha de araruta ou amido de milho
  • sal grosso
  • azeite
  • coentros
  • sementes de abóbora / sésamo
Preparação:
 
Cortar a cebola em cubos e levar ao lume com o azeite até aloirar. Juntar a abóbora e as cenouras cortadas. Deixar cozinhar cerca de 3/4 minutos e acrescentar a água. Temperar com o sal e baixar o lume. Deixar cozinhar cerca de 25 minutos e acrescentar mais água se necessário. Reduzir a puré, temperar com umas gotas de vinagre de ameixa e juntar o tempeh. Cozinhar mais 10 minutos. acrescentar a farinha de araruta (previamente dissolvida em água fria) para engrossar o molho. Tirar do lume. Juntar os coentros e as sementes. Acompanhar com arroz integral ou outro cereal.
 
 
créditos
 

sábado, 4 de janeiro de 2014

Macro deliciosas: Tempeh

Amado por uns, detestado  por outros.. De sabor e textura peculiar, confesso que não simpatizei com este alimento na primeira experiência. Hoje falamos de tempeh, um produto tradicional da Indonésia, mas também produzido em Portugal. O tempeh é rico em magnésio e cálcio, tem também um enorme quantidade de proteína e é um dos raros produtos de origem vegetal que contém vitamina B12, e além disso ajuda a eliminar toxinas.
O tempeh pode ser utilizado de diversas formas: grelhado, frito, em sopas, estufado com vegetais, esta ultima versão é a minha preferida.

Trata-se feijão de soja cozido e fermentado pela acção de um micro-organismo do género Rhizopus. Tem um processo de fermentação  idêntico ao que produz o queijo, o iogurte, o pão, o miso e tantos outros alimentos fermentados.



Conheci este alimento numa das aulas do curso de culinária macrobiótica, e foram várias as tentativas até a acertar na forma como gosto de consumir tempeh. Lembro-me que foi num almoço no IMP, a primeira vez que comi e gostei, desde a primeira até à ultima garfada. Gosto dele, frito e depois estufado com abóbora hokaido. Uma delícia! Hoje utilizo imenso cá em casa, e não dispenso na alimentação da minha filha, onde opto por usá-lo nas sopas.






Aqui usado em sopas e estufado com abóbora hokaido


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

(Re) Começar a mudança

Nunca fui muito adepta das resoluções de Ano Novo, nem nunca cedi muito a lemas do gênero "Ano Novo, Vida Nova". No fundo as pessoas,  evocam o inicio de um novo ano no calendário, para dar significado ao inicio da mudança que querem ver nas suas vidas, e que não o conseguiram pôr em prática nos 365 dias anteriores. É disso que se trata, de mudança. Não uma vida nova, uma nova pessoa, um novo ano, mas sim mudança! E neste momento ocorre-me a frase sábia de Gandhi : Sê a mudança que queres ver no mundo.

Mas o processo de mudança não se adivinha uma tarefa fácil, porque esta mexe e remexe na nossa zona de conforto, e faz-nos ir à luta, arriscar, sem a certeza que iremos ser bem sucedidos. Medo... Surge então o obstáculo à mudança, o medo do desconhecido, que vive para além fronteiras da nossa zona de conforto.

Isto para dizer, que o meu processo de mudança começou há cerca de 3 anos atrás, quando iniciei a minha jornada no estudo da macrobiótica. Primeiro a alimentação, depois o estilo de vida. E vi realmente a mudança a entrar na minha vida. 

Nem sempre é fácil fazer uma alimentação macrobiótica, quando se trabalha tantas horas fora e longe de casa. A logística é completamente diferente. Não é melhor, nem pior, é apenas diferente. 
Tenho dias em que não cumpro com (quase) nada. E no dia a seguir (re)começo de novo. 
Mas é este o caminho que quero seguir e esta é a minha resolução para todos os dias: comer melhor, viver de forma mais harmoniosa, mais saudável, mais sustentável. Continuar a minha jornada em busca da transparência para comigo, para conhecer-me melhor, para ser melhor.

É esta a mudança que quero para mim.
É esta a mudança que eu quero ver no mundo.


créditos